domingo, 14 de novembro de 2010

Três dos autores da literatura infantil

                                                                          Ruth Rocha




A pedagoga e escritora infanto-juvenil Ruth Rocha, tem mais de trinta anos de carreira e um acervo de mais de 140 livros publicados, com mais de 12 milhões de exemplares vendidos e 25 títulos traduzidos em 23 línguas, entre elas alemão, hindu, chinês e grego.
LIVROS INESQUECÍVEIS Ruth Rocha é autora de livros que não saem da memória de muitas crianças, e ainda hoje são recontados por adultos que fazem questão de repassar tais histórias para seus filhos. Entre eles, o clássico Gariela e a Titia e seu maior sucesso, o livro: Marcelo, Marmelo, Martelo,, que já alcançou mais de 1 milhão de cópias
Com uma linguagem direta, ágil e bem-humorada, Ruth vem conquistando crianças e jovens desde 1969, quando escreveu sua primeira história, Romeu e Julieta, a Borboleta, para a revista Recreio, da Editora Abril. Sete anos depois lançou o primeiro livro, Palavras, Muitas Palavras.
A ESCRITORA E OS LIVROS: Ruth ocupou cargos executivos em importantes editoras do país, organizando bem-sucedidas coleções, como Conto um Conto, Beija-Flor, Amarelinha, Minha Primeira Biblioteca. A autora também escreveu livros didáticos,paradidáticos e um dicionário, além de traduzir dezenas de livros infantis.









                                                               Lygia Bojunga Nunes











Lygia Bojunga nasceu em Pelotas, Rio Grande do Sul, em 26 de agosto de 1932. Aos oito anos mudou-se para o Rio de Janeiro. Adolescente, estudou por dois anos em Belo Horizonte, retornando, depois, ao Rio. Escolheu estudar Medicina, mas desistiu de prestar vestibular porque se tornou atriz profissional. Do teatro foi para a tevê e para o rádio, representando, escrevendo roteiros, traduzindo e adaptando peças e livros para serem encenados. Apaixonou-se pela literatura e passou a escrever livros. Recebeu muitos prêmios nacionais e internacionais. Em 1982, pelo conjunto de sua obra, recebeu a medalha "Hans Christian Andersen", o mais importante prêmio internacional do gênero.
 a literatura infantil brasileira caracteriza-se por uma acentuada transgressão dos limites  entre a fantasia e a realidade.  Lygia Bojunga é uma escritora que perpetuou esta tradição e a tornou perfeita.  Para ela, o quotidiano está repleto de magia: onde brotam os desejos tão pesados que literalmente não é possível erguê-los, onde alfinetes e guarda-chuvas conversam tão obviamente como os peões e as bolas, onde animais vivem vidas tão variadas e vulneráveiscomo as pessoas. Imperceptivelmente, o concreto da realidade transforma-se noutra coisa,  não num outro mundo, mas num mundo dentro do mundo dos sentidos, onde a linha entre o possível é tão difusa como fácil de ultrapassar. A tristeza vive com Bojunga juntamente com o conforto, a calma alegria com a estonteante aventura e no centro da fantasia da escrita está a criança, muitas vezes sozinha e abandonada, sempre sensível, sempre cheia de fantasias.   A morte não é tabu, a desilusão também não, mas além da próxima esquina, espera a cura. Numa prosa lírica e marcante, pinta as suas imagens e não importa se a solidão é muito amarga, há sempre um sorriso que expressa uma compaixão com os mais pequenos,   que nunca se torna sentimental. Os textos de Bojunga baseiam-se fortemente na perspectiva da criança.  Ela observa o mundo através dos olhos brincalhões da criança.  Aqui é tudo possível: os seus personagens podem fantasiar um cavalo no qual cavalgam a  galope ou desenhar uma porta numa parede, que atravessam no momento seguinte.  As fantasias servem geralmente para ultrapassar experiências pessoais difíceis:  quando a personagem principal em Corda Bamba, 1979 usa uma corda para entrar   uma casa estranha com muitas portas fechadas, do outro lado da rua, é na prática uma  forma de curar a tristeza depois de ter perdido os seus pais numa morte inesperada.  Em A Casa da Madrinha, 1987 percebemos depressa que as experiências fantásticas  de Alexandre durante a sua busca pela casa longínqua de sua madrinha são na realidade   concretização das fantasias de felicidade e amparo de um menino da rua abandonado.  É uma história que se aproxima do conto de Astrid Lindgren Sunnanäng. 


                                               Bartolomeu Campos de Queirós





Bartolomeu Campos de Queirós viveu sua infância em Papagaio, cidade pequena com gosto de "laranja serra-d'água", no interior de Minas Gerais, antes de se instalar em Belo Horizonte, onde reside e trabalha. Seu interesse pela literatura e pelo ensino da arte o fez viajar muito por este país. Conhece as cidades apreciando azulejos e casas pacientemente - um andarilho atento a cores, cheiros, sabores e sentidos que rodeiam as pessoas do lugar, com o mesmo encanto na alma com que observava os rios da Amazônia, dos quais costuma sentir saudades em Minas. Bartolomeu só faz o que gosta, não cumpre compromissos sociais nem tarefas que não lhe pareçam substanciais. Diz ter fôlego de gato, o que lhe permitiu nascer e morrer várias  vezes. "Sou frágil o suficiente para uma palavra me machucar, como sou forte o suficiente para uma palavra me ressuscitar."
Em 1974 publicou seu primeiro livro, O peixe e o pássaro, e desde então vem firmando seu estilo de escrita como uma prosa.

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